Monday, July 2, 2007



Visto estarmos perto de se decidir as 7 maravilhas de Portugal, decidi fazer uma homenagem as minhas 7 favoritas. Assim sendo, aqui fica o Castelo de Almourol. Claro que nao coloco por ordem de favoritismo, o que seria injusto.

Castelo De Almourol

Foi levantado num afloramento de granito, que constitui esta pequena mas enigmática ilha com 310 metros de comprimento e 75 de largura, na freguesia de Praia do Ribatejo, no concelho de Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém.

Situado no meio do rio Tejo, o Castelo de Almourol é dos monumentos militares medievais mais emblemáticos da Reconquista, sendo, ao mesmo tempo, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.
As origens da ocupação deste local são bastante antigas e enigmáticas, mas o certo é que em 1129, data da conquista deste ponto pelas forcas portuguesas, o castelo já existia e chamava-se Almorolan, o que da ideia de ter sido criado pelos mouros.
Entregue aos Templários, principais responsáveis pela defesa da capital, Coimbra, o castelo foi reedificado. Através de uma epígrafe sobre a porta principal, sabemos que a conclusão das obras foi em 1171, dois anos após a grandiosa obra do Castelo de Tomar. São várias as características que unem ambos, numa mesma linha de arquitectura militar templária. Em termos planimétricos, a opção foi por uma disposição quadrangular dos espaços. Em altura, as altas muralhas, protegidas por nove torres circulares adossadas, e a torre de menagem, verdadeiro centro nevrálgico de toda a estrutura. Estas últimas características constituem dois dos elementos inovadores com que os Templários pautaram a sua arquitectura militar no nosso país. Com efeito, a torre de menagem é estranha aos castelos Pré-românicos, aparecendo apenas no século XII e em Tomar, o principal castelo defensivo templário em Portugal. A torre de menagem do castelo de Almourol tinha três pisos, também as muralhas com torreões adossados, normalmente providas de alambor, foram trazidas para o ocidente peninsular por esta Ordem, e vemo-las também aplicadas em Almourol.
Extinta a Ordem, e afastada a conjuntura reconquistadora que justificou a sua importância nos tempos medievais, o castelo de Almourol foi votado a um progressivo esquecimento, que o Romantismo veio alterar radicalmente. No século XIX, inserido no processo mental de busca e de revalorização da Idade Média, o castelo foi reinventado, à luz de um ideal romântico de medievalidade. Muitas das estruturas primitivas foram sacrificadas, em benefício de uma ideologia que pretendia fazer dos monumentos medievais mais emblemáticos verdadeiras obras-primas, sem paralelos na herança patrimonial. Data desta altura o coroamento uniforme de merlões e ameias, bem como numerosos outros elementos de índole essencialmente decorativa e muito pouco prática.
No século XX, o conjunto foi adaptado a Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos do Estado Novo. O processo reinventivo, iniciado um século antes, foi definitivamente consumado por esta intervenção dos anos 40 e 50, consumando-se assim o fascínio que a cenografia de Almourol causou no longo Romantismo cultural e político português.

Claro que como qualquer castelo ou monumento desta epoca tem ligado a sim diversas lendas. Como nao posso tar a especificar cada uma aqui, deixo apenas uma pequena mencao a cada uma.

Assim sendo:


  • A furia sem perdao do cavaleiro D. Ramiro - Conta a historia de um cavaleiro (D. Ramiro) que por sua impiedosa e violenta maneira de ser foi amaldicoado, por uma jovem ( a quem ele assassinou). Perdeu assim a sua mulher e a sua filha, uma para a morte e a outra para os bracos de um jovem mouro que era irmao da jovem que o amaldicou.

  • Polinarda e Miraguarda - Conta a historia de duas damas de linhagem nobre sequestradas pelo gigante Almourol, fora bem tratadas, mas no entanto continuavam proibidas de sair do castelo. No etanto, Polinarda tinha um noivo de seu nome Palmeirim, que ao saber do acontecido c/ a sua amada, volta das batalhas para a resgatar. Chegando ao castelo, depara-se c/ o Cavaleiro Triste, que por seu lado se encontrava apaixonado por Miraguarda e que defendia o castelo a mando do gigante Almourol. Durante horas e horas travaram um duelo, do qual nenhum resultou vitorioso. Decidem entao descansar e recomporem-se das feridas, por esta altura aparece o gigante Dramusiando, para ajudar Palmeirim na sua batalha. Palmeirim e Dramusiando ganham a batalha libertando assim as duas damas cativas.

  • Lenda de Almorolon - Conta a historia de um emir arabe, que tinha uma bela filha. A filha apaixonou-se por um cavaleiro cristao e ensinou-lhe entao, como entrar no castelo, para varias visitas amorosas nocturnas. Este cavaleiro aproveitou-se da ingenuidade da pobre donzela, uma das noites abriu a porta ao outros cavaleiros, conquistando assim, de forma traicoeira o castelo. O Pobre emir c/ o grande amor de pai, perdoou a inconsciencia da filha, e decidiram assim, em vez de se deixarem captivar, atirar-se das muralhas do castelo ao rio.

Deixo assim, um pouco da historia deste bonito e romantico monumento e tambem um conselho de alguem que o conhece pessoalmente, visitem-no, pois vale a pena.

Fonte: www.castelodealmourol.com

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